sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

better not stop moving.


Perdemos pessoas. perdemos momentos. perdemos sentimentos. perdemos ações. perdemos oportunidades. perdemos tanta coisa. conseguimos perder-nos de nós próprios, e quando isso acontece encontramos o nosso reflexo. fazemos tanto, fora de nós mesmos, quando quando tal coisa feita, olhamos para nós e encontramos o nosso lado verdadeiro. o que age sem pensar. o que age por agir, porque se sente bem nesse momento em fazer isso. se vivesse a vida ao segundo; se vivesse cada oportunidade como se fosse a única, talvez perdesse muitas mais. há que saber abdicar. mas para quê abdicar algo, por nós, quando sabemos que na realidade abdicamos disso por outra pessoa. por outra pessoa que nos faz sentir melhor. mas, não nos pode obrigar a abdicar de nada. 
gosto de fazer pausas enquanto escrevo. faz bem. renova o texto. como agora. 
também gosto de escrever frases curtas, como já devem ter reparado. 
sempre gostei de José Saramago, mas sou o oposto no que diz respeito à escrita. Mas talvez ele não usasse pontuação, de maneira a que nos concentrássemos mesmo no texto, como se nos obrigasse a entregar-nos totalmente à sua escrita. 
Talvez devesse fazer isso. talvez devesse começar a viver todos os momentos depois de pensar neles. começar a ser uma pessoa que caminha, que age sem que ninguém me pare. para que se possam perguntar e interrogar, o que fiz no intermédio de tal caminhada. 
talvez, devesse começar a não desabafar tanto com outras pessoas. começar a ser uma pessoa reservada. que faz as coisas pela calada. que age por si. pode ser que assim, consigas olhar para mim de maneira diferente. que queiras ver o meu interior mais profundo. que queiras ver de onde vem o sorriso que te esboço. 
vou mudar de música. ou talvez não, esta até é calma. este texto requer músicas calmas, dão mais inspiração.
quando escrevo gosto de dizer o que me está a ocorrer no momento. nunca escrevi de propósito. forçada. nunca escrevi sobre um assunto concreto, só porque sim. gosto de escrever, quando o que sinto, não consegue passar de palavras. não tenho como realizar o que estou a pensar. 
começo a gostar demasiado de ti. a precisar demasiado da tua presença nos meus dias. 
reparei agora que até agora, o único erro ortográfico assinalado no texto é o da palavra "ação" por estar sem um "c". afinal de contas, há que respeitar o novo acordo ortográfico não é. 
como ia a dizer.. sim é verdade, gosto de ti. não é apenas, gostar de estar contigo. já não se resume a gostar dos momentos, das conversas. é gostar de ti. do que fazes. de como és. do que és. 
sim há um "mas". não quero sentir que sou posta à prova. nunca vou conseguir provar o quanto gosto de ti. percebe isso. parabéns, conseguiste. conseguiste o que querias. conseguiste conquistar parte de mim. na verdade, conseguiste conquistar-me por completo. 
o texto começou com perdas. perdas de tudo o que abdicamos, por ganho de outra coisa. porque na realidade tudo é assim. todo o presente tem de ter um passado para que possa ter um futuro. eu sei que realmente gostas de mim. por isso, por favor não nos ponhamos à prova. vamos viver o que há por agora. porque no final, vamos ver que perdemos tanto, por pensar que iríamos ganhar outra coisa em troca. e o que aconteceu foi que acabámos por perder tudo, e não ganhar nada. amo-te. 
ass.eu.

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